UM PREFEITO TEM A OBRIGAÇÃO DE SER HONESTO?
HONESTIDADE: como palavra é um substantivo abstrato; como
conceito é um valor concreto e absoluto, pois com referência a ele não há meio
termo.
SER HONESTO é algo que é, ou deixar de ser. E, em alguns casos
não se exige apenas que a pessoa, de fato, seja honesta. Antes, é preciso inspirar
confiança, ter credibilidade, ser confiável, agir de forma correta e até no seu
jeito de falar, de andar e de conversar, inspire confiança unto às demais
pessoas. Enfim, é preciso, além de ser – de fato- uma pessoa honesta, haverá de
ter a devida aparência de ser uma pessoa honesta e que mereça o crédito de
confiança e de ser considerada HONESTA.
Parece ser um exagero e até uma
REDUNDÂNCIA ao assim afirmarmos esta grande verdade. Não custa, porém, repetir-se
sempre e indefinidamente o que vem sendo objeto de análise, desde os mais
remotos tempos. Antes pecar-se pelo excesso, do que falhar por omissão ou
desleixo.
“À mulher de César não basta
ser honesta, deve parecer honesta”.
Como todos os bons provérbios, este tem um suporte histórico.
Refere-se à segunda mulher de Júlio César, Pompeia, de quem ele se divorciou
por suspeitar que ela o traíra, mesmo sem ter provas. Este provérbio parte do
princípio de que o HOMEM PÚBLICO não pode, em hipótese alguma, ter a sua honra
colocada sob dúvidas e, em razão desse princípio inquestionável, deve cercar-se
de pessoas confiáveis e contra as quais, igualmente, não exista qualquer
suspeita.
Portanto, num grupo de pessoas acreditadas só devem participar
pessoas corretas, confiáveis e dignas de crédito. Quem for “ficha suja” deve
ficar de fora.
No primeiro mandato do meu amigo DR. GERALDO COELHO DE JESUS, eu
fui convidado por ele para participar do seu grupo, no que eu aceitei na
condição de que não exerceria qualquer cargo – remunerado ou não – de vez que
eu preferi continuar como funcionário do banco em que eu trabalhava, naquela
oportunidade. Mas, mesmo não pertencendo ao quadro de funcionários da
prefeitura, o prefeito me honrava com seu convite de participar das reuniões de
trabalho e também de todos os eventos públicos, o que para mim era motivo de
muita satisfação e orgulho, no que eu o retribuía com meu humilde e
despretensioso apoio à sua administração, a qual, como até hoje é reconhecida,
sempre foi exemplar e que deixou os mais valiosos legados de progresso e de
bons exemplos. Naquelas reuniões, lembro-me perfeitamente que as primeiras
palavras do prefeito eram, justamente, alertando todos sobre a necessidade de
serem honestos, de agirem com honestidade e, sobretudo, de tudo fazerem no
sentido de não serem considerados desonestos, em qualquer situação e momento.
Minas Novas teve a felicidade de ser governada, em vários
momentos diferentes, por políticos competentes, homens de valor e cidadãos de
fato confiáveis e que, no exercício de suas funções, demonstraram nas atitudes
que de fato eram pessoas honestas.
Alguns de nossos ex-prefeitos ainda estão vivos e alguns
continuam atuantes na política e também continuam sendo merecedores de todo
respeito e gratidão. Estão ai as figuras exemplares de ZÉ CAMARGOS, TIÃO BARBOSA, ALTAMIRO e FELIPE MOTA, sobre os quais posso atestar positivamente e em relação a eles "botar a mão no fogo", pois durante o tempo em que governaram Minas Novas eu residia e trabalhava no município. Em relação aos demais nada posso afirmar, pois com eles não convivi.
E seria muito bom para Minas Novas se os BONS PREFEITOS DE ANTIGAMENTE se dispusessem a se colocar
novamente como candidatos a qualquer cargo público, pois têm experiência e
credibilidade. Nesse sentido, já tive a oportunidade de conversar sobre este
assunto com o Dr. Geraldo, o qual logo me desestimulou a continuar nessa “prosa”,
enveredando-nos a assuntos mais agradáveis, levando-me a concordar com ele de
que tudo tem o seu tempo e a sua vez. Contudo, além do que ele deixou de
CONCRETO em nossa cidade, fica aí o exemplo concreto do que seja HONESTIDADE,
uma palavra que tanto pode ser considerada como adjetivo (qualidade) ou como
substantivo de uma concretitude inabalável e indissolúvel, com a qual podemos APALPAR,
TATEAR, MEDIR, SONDAR, AVALIAR E ACREDITAR no que seja a PALAVRA DO HOMEM
CORRETO E MOLDADO PARA EXERCER UM CARGO PÚBLICO.
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