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'O tempora!
'O mores!
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PARABÉNS AO BRASIL PELO CENTENÁRIO DA COLÔNIA JAPONESA EM NOSSA PÁTRIA!
From: José Pinheiro Torres Neto jptneto@uai.com.br
Date: 12/03/2008 21:49 - TO: GERALDO MOTA geraldomotacoelho@gmail.com
Abraços
Zé Pinheiro
==A CRÔNICA TRISTE, MAIS QUE PERFEITA, DE ZÉ DE TRISTÃO:
Minas Novas, Carnaval na Ilha da Fantasia sem fantasia, uma constação.
A cidade tem como principal vocação a cultura e nela a expressão da arte do seu povo. .Minas Novas tem no carnaval o ponto alto da sua cultura, juntamente com as manifestações religiosas. O carnaval teve o seu crescimento e a sua valorização pelo envolvimento do seu povo, pelo talento e criatividade de sua gente e a intensa busca da fantasia, como também o respeito ser humano. Exemplo disto foi a construção no imaginário dos nossos entes queridos e que se foram e fizeram a história.
A Boca-de-Siri, comandada pelo Lau Gomes e que tive oportunidade de participar, no carnaval infantil, a Banda do Sapo Seco comanda por Dr. Vicente e Antônio Domingos, que tive a oportunidade de assistir, o bloco “A Patatota dos Estudantes” que tive a oportunidade de ajudar a construir, época em o que samba e o frevo foram para as ruas de Minas Novas tocando latas, dentre os participantes: Dalton, Banu, Ailson, Carlos Mota, Gão, Alceu, Jackson, Felipe, Adelson Sena e tantos outros apaixonados por Minas Novas, todos estudantes. Na época o boom do carnaval era o salão do CRAMN, como também o Pernil (Mercado Municipal). As fantasias eram de José de Aristides, Mário Sena, juntamente com a motivação de Alvaro Freire, comandando a orquestra e tantos outros.
O surgimento do trio elétrico em Minas Novas se deu logo após a empolgação da Patota (Bloco dos Estudantes) na rua. A inciativa do baiano Embrava que fora morar em Minas Novas em sua pick-up montou um mini-trio. Ao som da guitarra de Dásio embalados pelo vocais de Geraldim de Elias, Embrava e Zé Henrique, que fundiu-se com a percussão da Patota e aí nasceu o carnaval de Rua de Minas Novas, pioneira em Minas Gerais a ter um trio elétrico. Isto se deveu ao amor à terra ao talento, à criatividade e o respeito à cultura e à capacidade do seu povo manifestar o seu imaginário. Nesta época Elias Piolho, Heli de Isaias, Mário Lourenço, Chiquinho de Áurea se destacavam com a suas fantasias. E a brilhante iniciativa dos Unidos do Rosário de César. Este pioneirismo a cada ano que passava envolvia mais pessoas em contribuição à iniciativa: Fábio Mota cedia seu caminhão, comerciantes doavam tecidos para os adereços, vários pintores talentosos emprestavam seu talento para pintura do caminhão. À noite, percussionistas se revezavam no caminhão a custo zero, era o orgulho da cidade. Importante ressaltar a criação do carnaval da Barragem, com a inauguração do Espaço Cultural Recanto das Águas, com intuito de ser um carnaval ecológico (Gestão Felipe Mota).
Para que importar tantas bandas para fazer carnaval em Minas Novas a custos altíssimos? Tamanho desrespeito a tanta gente de Minas Novas, colocando em desgraça os músicos da terra e afastando de vez os minasnovenses que querem contribuir? Onde estão os blocos da cidade? Cadê o Carnaval cultural? Já viram as iniciativas dos carnavais de Olinda, Tiradentes, de São João Del Rei, Ouro Preto, Diamantina? Não aprenderam com a Bandinha que o Bloco da Colônia Minasnovense aventurou levar uma vez ? Por que não há mais motivação no Bloco do Pequi? O que fizeram com a Barragem? Por que não há o envolvimento da comunidade no carnaval? Estão brincando com o imaginário das pessoas de bem.
(a) José Pinheiro
Minas Novas, fev°/2008
Será sempre uma honra para meu blog poder contar com a sua participação e sua maravilhosa crônica muito enriquece o nosso projeto, sendo um tema intrigante e, por isto mesmo, necessário ao debate constante que vamos manter sobre os problemas de nossa cidade que, além da falta de incentivo à cultura -- com critério e seriedade -- carece de boas ideias, de atitudes e também da indignação das pessoas de bem, assim como você, pois não se pode concordar com os rumos para onde querem levar o nosso município.
Sua linha de raciocínio é perfeita e serve como alerta aos jovens de nossa terra e como ponto de profunda reflexão por parte das atuais lideranças...
O povo de Minas Novas é um povo bom, trabalhador, inteligente hospitaleiro: disto todos nós bem o sabemos!
É preciso, porém, que seja mais cuidadoso na escolha do prefeito e também na cobrança maior das ações por parte de nossos vereadores.
Tenho notado que em nossa cidade muito tem sido feito no sentido de acabar com o passado, para eliminar os vestígios de nossa história, para liquidar com as mais caras tradições. Esse é, também, um fenômeno que deve ser verificado, pois não se pode conceber, na cabeça de alguém sensato, que tudo não se trata de um projeto bem urdido, calculado e implantado no meio do povo com o objetivo que, na verdade, só beneficia os interesses de uma determinada pessoa.
E esta suspeita me intriga e é por isto que eu vou insistindo na mesma tecla: vamos apurar, vamos a fundo para desmascarar os inimigos de nosso povo.
Esse maravilhoso PAÍS DO SOL NASCENTE tem como território um conjunto de várias ilhas (um arquipélago!) cercadas constantemente por águas revoltas (maremotos!), sendo a topografia uma das mais acidentadas do globo, haja vista lá existirem os principais vulcões e as mais lindas montanhas eternamente cobertas de neve. Mas o problema do pouco espaço útil para morar e para plantar e para progredir não impede que a população viva e trabalhe confortavelmente, (sem agredir o meio ambiente e sem os problemas de esgoto como os que deparamos em Minas Novas),
Esse povo de costumes exóticos, de feições tão peculiares, já sofreu os mais terríveis revezes, durante esses mais de 5.000 anos de existência, sendo que, há pouco mais 60 anos teve suas principais cidades arrasadas pelas bombas atômicas jogadas pelos americanos, que na Segunda Grande Guerra (1939-45) massacraram com NAGAZAQUI e HIROXIMA, matando mais de 160.000 (de uma só vez mais de cento e sessenta mil pessoas!!!) de inocentes cidadãos japoneses.
Mesmo assim, diante de tantos horrores por que já passaram, o Japão cresce em todos os sentidos e se impõe pela sua capacidade de resisitir aos costumes deletérios do ocidente, pela sua disposição em acreditar na sua própria grandeza e de ter como regra o culto à saúde, à educação, à cultura e, acima de tudo, ter o TRABALHO como a fonte de sua incrível fortaleza.
No Brasil existe o maior número de japoneses concentrados fora do Japão (aproximadamente 1.500.000).
Somente na cidade de São Paulo são mais de um milhão, ou seja, uma imensa parcela dos quase 19 milhões que é a população da maior cidade sulamericana, que dão exemplo de dedicação, de unidade, de honestidade e de produção, pois dificilmente podemos ver um japonês -- ou um de seus descendentes-- que não seja exemplar e bem sucedido no meio em que vive.
Estou fazendo este comentário - acerca da colônia dos nipônicos -- com o objetivo de, ao homenageá-la pelo centenário dessa bendita Imigração, enaltecer aquele grande país que deve ser tomado como paradígma pelo resto das nações do mundo, e ao mesmo tempo lamentar o fato de não termos em Minas Novas a presença marcante deste povo maravilhoso que, tivéssemos a felicidade de contar com o concurso diário de pelo menos um deles, talvez a nossa realidade como um lugar tão atrasado seria hoje bem diferente.
Não estou sendo pessimista e nem mesmo quero parecer demolidor, a minha intenção é desabafar e mostrar a minha indignação como um meio de buscar a reação contra este estado de vegetação em que vive o nosso povo!
É preciso que encontremos alguma solução ...
E, certamente, será através do debate dessas ideias que poderemos encontrar a ressonância que se deseja.
JOSÉ PINHEIRO, O espaço é seu, de Flora, de Flávia e de todos vocês que são exemplos de bons minasnovenses e de cidadãos que de fato merecem respeito.
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