Após a Missa o Santíssimo Sacramento, saudado pela Banda de Música e pelos cantos entoados pela multidão, é novamente recolhido à Igreja Matriz onde permanece em adoração.
Terminada a parte litúrgica (sacra) das comemorações é da tradição profana a famosa "malhação do Judas", uma inocente brincadeira que consiste em ridicularizar a figura do traidor JUDAS ISCARIOTES que se faz representar por um boneco de pano, com imensa cabeça, dentro da qual são colocadas bagens de amendoim torrado, balas-doces e outras guloseimas.
Dependendo do grau de organização desta festa popular, o referido boneco é colocado sobre a cangalha de um jumento (ou um outro animal de carga) e conduzido em desfile pelas ruas´e levado até à praça principal da cidade e ali, sob o apupo e assovio dos presentes, será malhado e colocado dependurado pelo pescoço como se estivesse enforcado. Molham-lhe de álcool e atiçam-lhe fogo, fazendo com que as bombas contidas no seu recheio se esplodam, provocando grande algazarra entre a criançada. Essa queima, porém, é antecedida da leitura de um "testamento" em que o Judas deixa a herança de suas maldades e infortúnios para as pessoas da cidade que estejam passando por situações ridículas ou de censura, por parte da população, como é o caso dos chamados "velhacos", dos "chifrudos", dos "baitolas", dos "ricardões" e de figuras odiadas como os políticos que não cumprem suas promessas e de prefeito que não esteja correspondendo com a expectativa do povo.
Dependendo do grau de organização desta festa popular, o referido boneco é colocado sobre a cangalha de um jumento (ou um outro animal de carga) e conduzido em desfile pelas ruas´e levado até à praça principal da cidade e ali, sob o apupo e assovio dos presentes, será malhado e colocado dependurado pelo pescoço como se estivesse enforcado. Molham-lhe de álcool e atiçam-lhe fogo, fazendo com que as bombas contidas no seu recheio se esplodam, provocando grande algazarra entre a criançada. Essa queima, porém, é antecedida da leitura de um "testamento" em que o Judas deixa a herança de suas maldades e infortúnios para as pessoas da cidade que estejam passando por situações ridículas ou de censura, por parte da população, como é o caso dos chamados "velhacos", dos "chifrudos", dos "baitolas", dos "ricardões" e de figuras odiadas como os políticos que não cumprem suas promessas e de prefeito que não esteja correspondendo com a expectativa do povo.
São famosos os versos que, no passado, a indignação popular falou através do Judas para protestar contra atos indígnos praticados em nossa cidade, como desvio de verbas públicas, sumiço de imagens sacras, roubos, fraudes, adultérios e tantos outros atos que provocaram a veia poética de nossos cordelistas, bem como causaram furor e indignação naqueles em que a "carapuça" era bem colocada.
Vejamos alguns destes odiados versinhos:
Aleluia, aleluia!
Carne no prato,
Farinha
na Cuia...
Aleluia, aleluia!
Carne no prato,
Farinha
na Cuia...
E assim terminava a tarde e a vida continuava na Velha Vila do Fanado.
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